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Assim como Jesus, nós nos atentamos para quatro níveis de trabalho e fortalecimento na jornada cristã. Sabemos que o Senhor Jesus nos deu uma ordem: fazer discípulos. Mas como fazemos isso de forma saudável seguindo o exemplo de Cristo?
Os quatro níveis são: busca, evangelismo, ensino e consolidação. Precisamos fluir cheios do Espírito Santo nestas quatro esferas. Se nos aplicamos em apenas uma, duas ou três, não estaremos agindo de acordo com o perfeito exemplo que Jesus nos deixou.
Busca
Ele [Jesus], porém, se retirava para lugares isolados, a fim de orar. – Lucas 5:16
Por mais que Jesus trabalhasse intensamente entre as vidas, ele mantinha um forte hábito de oração em secreto com Deus Pai. Ele jamais deixava de se fortalecer e beber da fonte eterna de água viva. Jesus entendia que precisava estar sempre cheio do Espírito Santo através da busca constante pelo Senhor.
Temos entre nós excelentes evangelistas, mestres e discipuladores, todavia, se qualquer um desses deixar a vida diária secreta de oração em segundo plano, certamente perderão forças e desistirão no decorrer do caminho. Aquele que não se fortalece constantemente, não suporta os terríveis ataques da guerra espiritual.
Evangelismo
Jesus se aproximou deles e disse: “Toda a autoridade no céu e na terra me foi dada.
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. E lembrem-se disto: estou sempre com vocês, até o fim dos tempos”. – Mateus 28:18-20
Esta é a maravilhosa esfera do trabalho cristão onde vidas são ganhas para Cristo. Devemos evangelizar em tempo e fora de tempo (2Tm 4:2), apresentando a todos, com palavras e ações, as boas novas sobre a situação em que o homem caído agora encontra uma grande salvação: o Senhor Jesus.
Aqui é preciso ter diligência. Não devemos se dedicar ao evangelismo de modo que a busca, o ensino e a consolidação sejam etapas negligenciadas. Se as vidas não são firmadas na sã doutrina da Palavra, é bem provável que naufraguem na fé. O próprio evangelista, se não estiver sendo ensinado/consolidado por alguém, se desgastará demais em seu trabalho no Reino.
Jesus nos deu a ordem para fazermos discípulos, certo? Mas a jornada não se resume a isso. Ele sempre buscou o Pai, evangelizava entre as multidões, treinou doze discípulos e consolidou especialmente três dentre os apóstolos.
Ensino
Depois, Jesus subiu a um monte e chamou aqueles que ele desejava que o acompanhassem, e eles foram.
Escolheu doze e os chamou seus apóstolos, para que o seguissem e fossem enviados para anunciar sua mensagem, e lhes deu autoridade para expulsar demônios. – Marcos 3:13-15
Jesus não abria mão dos seus momentos em secreto com o Pai. Além disso, caminhava frequentemente com doze discípulos, escolhidos a dedo, e a eles ensinou muito.
Ensinamos o que sabemos sobre a Palavra para as pessoas que se oferecem para ouvir-nos. Devemos fazer isso independentemente do grau de intimidade que temos com o(s) ouvinte(s). Mas, atenção: se houver ensino e o ouvinte se aproximar com o coração aberto, é hora de uma consolidação mais profunda.
Consolidação
Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro e os dois irmãos, Tiago e João, até um monte alto. – Mateus 17:1
Então Jesus deteve a multidão e não deixou que ninguém o acompanhasse, exceto Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. – Marcos 5:37
Levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu [Tiago e João] e começou a ficar triste e angustiado. – Mateus 26:37
Perceba que Jesus, mesmo rodeado por 12 discípulos e uma multidão em certos momentos, tinha maior proximidade com 3 homens: Pedro, Tiago e João. Por algum motivo, o Senhor os trouxe para mais perto e investiu esforços especiais em suas vidas.
O que aprendemos com isso? Entendo que é válido observarmos quem são aqueles ao nosso redor que permitem maior intimidade. É possível que o Espírito Santo nos mostre pessoas prontas para caminhar de perto conosco, nos auxiliando, aprendendo e ensinando. Temos também como exemplo o caso do apóstolo Paulo e seus queridos filhos espirituais: Timóteo e Tito. Não há nada de errado nisso.
É claro que não vamos excluir os demais irmãos que o Pai colocou em nosso caminho, entretanto, é necessário compreendermos que, com alguns, agiremos com mais intimidade, firmeza e constância, enquanto que, com outros, agiremos de maneira menos direta, se assim posso dizer.
A esses que o Senhor aproximar de nós com maior intimidade, devemos obrigatoriamente iniciar/manter um trabalho de consolidação, isto é, fortalecimento no Senhor, através do ensino da Palavra e da assistência em geral.
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Estas esferas parecem estar seguindo uma sequência, mas, na realidade, precisamos vivê-las simultaneamente com excelência enquanto obedecemos a ordem de Jesus em relação ao evangelho. Aquele que só busca, ou só evangeliza, ou só ensina ou só consolida, está fazendo o trabalho incompleto enquanto permite brechas perigosas em sua vida. Que o Senhor te ilumine e ajude em tudo!