Em meados do século XVIII, durante a pregação de um sermão, Abade Faria, padre e grande cientista, começou a sentir-se nervoso, ansioso (como todo ser-humano em pelo menos uma vez na vida ao falar em público). Mas algo deixou Faria, no mínimo, curioso.
Durante sua pregação, ao perceber o estado do filho, o pai de Abade disse em baixa voz aos seus ouvidos: “são apenas vegetais, corte os vegetais!”, provavelmente o levando a comparar tal situação à outra do cotidiano. Aquilo o acalmou e despertou a seguinte questão na mente de Faria: como poderia uma simples frase causar tanta influência sobre o organismo?
Alguns anos depois, Abade Faria viria a ampliar seus conhecimentos acerca do que hoje conhecemos como Hipnose.
É válido informar-lhe de que este incrível fenômeno da mente humana não nasceu com os estudos de Abade. De acordo com escritos, já na antiguidade ouvia-se falar de sacerdotes que poderiam curar pessoas “enquanto dormiam” nos “templos do sono”. Nesta época, o tão conhecido “estado de transe” era algo comumente utilizado entre as culturas grega e egípcia.
Ao embasar-se nos estudos relacionados a tais fenômenos antigamente descobertos, Faria conseguiu, com invejável maestria, trazer para seu tempo tal atividade que prometia promover a cura de vários males.
Em seu livro Da Causa do Sono Lúcido, Abade escreveu:
“Após selecionar pacientes com a atitude certa, peço que relaxem na cadeira, fechem os olhos, concentrem a atenção e pensem no sono. Enquanto eles esperam em silêncio por mais instruções, eu digo, num tom gentil ou autoritário: ‘durma’; e eles caem no sono lúcido.”
Desde esta época, vários cientistas vêm aprimorando esta técnica polêmica, mas altamente eficaz. Youtubers como Pyong Lee, por exemplo, mostram gratuitamente ao mundo todo através de seus vídeos como a hipnose é real e praticamente imbatível.
Para explicar todos os acontecimentos que ocorrem no cérebro durante a hipnose, levaríamos horas, ou dias. Em suma, digamos que, após muito treinamento, algumas pessoas aprendem a inserir sugestões no campo mental inconsciente do outro enquanto ele se encontra em um estado de sono profundo, onde as ondas cerebrais perdem velocidade de frequência, e os “portões” da mente inconsciente se abrem.
Com a área mais profunda e intocável da mente humana aberta para sugestões, o hipnólogo tem a oportunidade de inserir comandos, fazendo assim, com que o hipnotizado veja, ouça e sinta coisas inexistentes.
Podemos afirmar, como conclusão, que apesar de haver muitas controvérsias a respeito da hipnose e suas consequências, este fenômeno já testado e utilizado por várias pessoas em várias culturas, é real e eficiente.
Existem também várias outras formas de hipnose além da realizada com o auxílio do transe, mas este assunto deixaremos para outra postagem.
