Nem Sempre Ajudar é Humildade… às Vezes é Controle

Nem toda boa intenção nasce de humildade. Em muitos casos, o impulso de resolver tudo, de intervir em cada detalhe e de assumir o controle das situações, vem de uma crença disfarçada: a de que ninguém fará tão bem quanto nós. Chamamos isso de proatividade, mas na essência é arrogância velada.


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O limite entre ajudar e dominar

Ser prestativo é virtude. O problema surge quando a ajuda vira domínio. Quando, em nome da eficiência, passamos por cima da capacidade e do ritmo dos outros.

Muitas vezes, não suportamos ver o outro fazendo “do jeito dele”. Então, tomamos a frente, refazemos, corrigimos. E, sem perceber, roubamos a oportunidade de crescimento que ele teria ao aprender com os próprios erros. Queremos o resultado perfeito, mas perdemos o processo humano.

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A falsa proatividade

A falsa proatividade é sedutora. Dá sensação de controle e importância. Gera elogios e nos coloca como referência. Porém, alimenta um ego que se disfarça de responsabilidade. É quando confundimos “ser exemplo” com “ser insubstituível”.

Mas a verdade é simples: quem não sabe delegar, ainda não aprendeu a confiar. Nem sempre fazer mais é sinal de entrega, pois pode ser medo de perder o protagonismo.

O perigo da arrogância disfarçada

A arrogância não aparece só em palavras duras; muitas vezes, veste a roupa da eficiência. E, enquanto pensamos estar ajudando, estamos diminuindo os outros. É como um maestro que toca todos os instrumentos porque acredita que os músicos não saberão seguir o compasso. O som até sai, mas a orquestra morre.

A humildade verdadeira confia que Deus também age através de outras mãos. Nem sempre o nosso jeito é o melhor — apenas o mais familiar. E há beleza em ver o diferente florescer, mesmo que imperfeito.

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.”

Filipenses 2:3

O aprendizado de soltar o controle

Soltar o controle é um exercício espiritual. É reconhecer que não somos indispensáveis. É permitir que o outro caminhe, ainda que tropece. Quem aprende a soltar, amadurece.

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Há momentos em que o melhor serviço é se afastar um passo. Observar. Incentivar. Dar espaço para que Deus trabalhe por meio de outra pessoa. O Reino de Deus não precisa de controladores, mas de cooperadores.

Recapitulando

Nem toda proatividade é humildade. O orgulho pode existir disfarçado de eficiência. Nesse caso, é o medo de não ser necessário, de não ser o melhor, de não ser visto.

A sabedoria está em servir com leveza, sem querer governar tudo. Em confiar que o mesmo Deus que nos capacita também capacita os outros.

A maturidade espiritual avança quando deixamos de controlar para começar a cooperar.


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Sobre o Autor

Com mais de 1 milhão de e-books baixados no Brasil e no mundo, Danilo H. Gomes, autor best-seller conhecido por sua forma de escrever simples, profunda e cativante, vem rompendo barreiras no mundo literário, alcançando desde os leigos até os especialistas. Seu amor pelo desenvolvimento humano, em conjunto com seu conhecimento filosófico reflexivo e sua paixão pela psicologia, geraram mais de 70 publicações relacionadas aos mais variados temas. Danilo H. Gomes é marido de Débora e pai de Sarah.

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