Teologia da Libertação: Heresia, equívoco ou verdade?

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Apesar de ter perdido forças nos últimos anos, a Teologia da Libertação ainda é vista com olhar positivo por várias pessoas no Brasil e em outros países. Mas o que é isso? Quem esse movimento quer libertar? Compreenda isso e mais agora. Teologia da Libertação: heresia, equívoco ou verdade?

um grande grupo de pessoas segurando cartazes na rua

Surgimento

Esse movimento teológico surgiu a partir da década de 1960 na América Latina. Seus defensores acreditam em uma espécie de mistura entre o cristianismo e o socialismo onde, sob a perspectiva cristã, as diferenças sociais e econômicas devem ser combatidas. Melhor dizendo: os teólogos da libertação acreditam que um dos maiores deveres cristãos seja combater as desigualdades e opressões sociais.

Apesar de aparentemente ser um movimento nobre e até – talvez – heroico, a Teologia da Libertação insere elementos políticos dentro da doutrina cristã e coloca em risco a essência do evangelho. Vejamos alguns pontos negativos desse movimento.

Foco Fora da Essência do Evangelho

A grande base do evangelho é esta: Jesus morreu por nós, pecadores, para nos reconciliar com o Pai através da fé em seu Filho (Jesus Cristo), e ressuscitou ao terceiro dia.

A porta da caminhada cristã é esta: devemos ter fé em Jesus, nos arrepender de nossos pecados e de uma vida independente de Deus, batizarmos nas águas em obediência ao Senhor para recebermos a habitação do Espírito Santo.

A Teologia da Libertação tira o foco da base e porta do evangelho e a transfere para questões sociais e políticas. Jesus e seus apóstolos, em nenhum momento, priorizaram questões sociopolíticas, pois a prioridade da Igreja Primitiva era testemunhar Cristo como o salvador da humanidade corrompida pelo pecado, sendo Ele mesmo a ponte para a salvação da alma.

O foco da Igreja não se baseia em questões materiais terrenas, mas na situação atual do espírito humano. É claro que o cuidado do Senhor abrange todas as áreas da vida humana (física, mental e espiritual), todavia, as esferas do âmbito material não devem ocupar lugares de destaque em nossas visões.

“Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir?’.
Essas coisas ocupam o pensamento dos pagãos, mas seu Pai celestial já sabe do que vocês precisam.
Busquem, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão dadas.”

Mateus 6:31-33 (ênfase acrescentada)

Politização

Através desse movimento, abre-se uma enorme brecha para a entrada de promoções políticas dentro da Igreja. Não que a Igreja deva transformar o assunto “política” em tabu, entretanto, esse jamais deverá ser o propósito da Igreja.

O objetivo da Igreja é glorificar a Deus através da união e da manifestação do amor de Cristo na Terra, além de brilhar a luz do evangelho onde estiver inserida. Há outros objetivos a ser considerados, mas nenhum deles está relacionado à luta de classes sociais, pelo contrário, a própria Palavra ordena que a Igreja seja humilde e submissa diante das autoridades mesmo em um contexto de opressão desigual.

Todos devem sujeitar-se às autoridades, pois toda autoridade vem de Deus, e aqueles que ocupam cargos de autoridade foram ali colocados por ele.

Romanos 13:1

Divisão Dentro do Corpo

peça de xadrez branca e preta

A visão alimentada pela Teologia da Libertação inevitavelmente gera divisão até mesmo entre os irmãos na fé. Dentro da composição da Igreja há ricos, pobres, empresários, funcionários, famosos, desconhecidos, brancos, negros, homens, mulheres… as classes são incontáveis. Porém, todos nós, precisamos viver em unidade com base no amor de Jesus que se sobrepõe a qualquer divisão social.

Eu estou neles e tu estás em mim. Que eles experimentem unidade perfeita, para que todo o mundo saiba que tu me enviaste e que os amas tanto quanto me amas.

João 17:23

Façam todo o possível para se manterem unidos no Espírito, ligados pelo vínculo da paz.
Pois há um só corpo e um só Espírito, assim como vocês foram chamados para uma só esperança.
Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de tudo, o qual está sobre todos, em todos, e vive por meio de todos.

Efésios 4:3-6

Falsa Utopia

Os discípulos de Jesus creem sim em uma sociedade perfeita, mas não espera que ela torne-se realidade nesse mundo corrompido pelo pecado. Por mais que a Teologia da Libertação busque uma sociedade utópica onde todos são iguais, isso não será possível nessa vida terrena, pois as próprias Escrituras nos dizem que nos últimos tempos “o amor de muitos se esfriaria“, entre outros sinais que mostram uma sociedade desigual e violenta.

Vocês ouvirão falar de guerras e ameaças de guerras, mas não entrem em pânico. Sim, é necessário que essas coisas ocorram, mas ainda não será o fim.

Mateus 24:6

Estado Como Autoridade

Outro fator perigoso que pode surgir como consequência da Teologia da Libertação é a confiança no Estado como única autoridade capaz de estabelecer uma igualdade social. Somente o Senhor Jesus deve reinar como autoridade máxima. Não é raro encontrarmos países onde o Estado encheu-se de poder e corrupção.

Um Estado inflado é extremamente perigoso por causa da essência corrompida do coração humano. Muito poder nas mãos de homens não costuma gerar bons resultados. Portanto, como a própria sã doutrina ensina, toda autoridade pertence a Jesus. O Estado pode existir, mas longe de ser visto como uma solução para todos os problemas da nação.


Muitos tentam criar novos movimentos que prometem mudar o rumo da humanidade. Há pessoas que chegam ao nível de afirmar que “Deus deu uma nova revelação para os nossos tempos”. O que o Senhor queria nos revelar como essência para a vida cristã está nas Escrituras Sagradas. Nada mais, nada menos.

Quer um bom movimento teológico? Então movimente-se lendo as páginas da Bíblia para viver a sã e pura doutrina.

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Danilo H. Gomes
Danilo H. Gomes

Danilo H. Gomes, brasileiro, é autor de obras com ênfase em autoajuda (usando como base a psicologia e filosofia) e cristianismo, atuando no mercado literário desde 2016. Possui várias obras publicadas no Brasil e também traduzidas para o inglês, espanhol, italiano e francês, disponíveis para inúmeros países ao redor do mundo.

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