Todos nós, sem exceções, precisamos de vínculos em nossa caminhada cristã. Essa é a vontade de Deus para nós: uma vida em unidade onde todos estão bem vinculados pelo elo perfeito do amor. Quem escolhe caminhar sozinho ou não se sujeita a ninguém, está distante da vontade do Senhor Jesus. Ele mesmo, Jesus, nos ensinou a importância dos vínculos. Vejamos mais agora.
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A Urgência dos Vínculos
Algo aconteceu no decorrer dos séculos que levou a Igreja a deixar em segundo plano a necessidade da unidade através dos vínculos. Vincular-se é – dentro desse contexto – se aproximar de um irmão em Cristo e a ele se sujeitar, amando-o profunda e inteiramente. Perceba que vincular-se foi uma das primeiras coisas que Jesus fez em seu ministério.
Nos evangelhos, a chamada dos primeiros discípulos é narrada nos capítulos: Mateus 4, Marcos 1, Lucas 5 e João 1. A rapidez de Jesus em estabelecer vínculos é notória. Sendo assim, por que encontramos tantos cristãos por aí seguindo a vida como “lobos solitários”? Há casos ainda piores como, por exemplo, líderes de congregações que não são pastoreados por ninguém. Tais pessoas, em questão de tempo, desfalecerão.
Funcionamento dos Vínculos
Alguns dirão que Jesus não fez vínculos, mas discípulos. Um discípulo é um vínculo. Nós, que infelizmente estamos distantes de sermos perfeitos como Cristo, precisamos fazer discípulos e também SER discípulos. Não existem seres humanos infalíveis na Igreja. Todos nós somos ovelhas que pastoreiam outras ovelhas e, juntos, ouvimos e obedecemos o nosso bom pastor: Jesus.
Lembre-se que a ordem dada por Jesus aos apóstolos (“ide e fazei discípulos“) foi ouvida por homens que também eram discípulos. Jesus os pastoreou e eles pastorearam outros e assim tem sido até os tempos atuais. Portanto, é impossível agradarmos a Deus convivendo entre irmãos sem estarmos verdadeiramente vinculados a outros.
Assim é também com o corpo de Cristo. Somos membros diferentes do mesmo corpo, e todos pertencemos uns aos outros.
Romanos 12:5
“Estou Vinculado(a) ao Pastor da Congregação”
Jesus, sendo o filho eterno de Deus, escolheu apenas 12 homens para estabelecer um vínculo profundo. Fato é que o Senhor Jesus tivera dezenas de discípulos e não apenas 12 como muitos acreditam (Lc 10:1), entretanto, apenas os apóstolos desfrutaram de uma intimidade mais constante e intensa. O que isso nos diz?
A Igreja é um corpo que deve funcionar em conjunto. Não cabe ao pastor presidente da congregação estabelecer vínculos profundos com toda a Igreja. Imagine uma congregação com 100 pessoas. Como um ser humano conseguirá cuidar de perto de 100 famílias? Mesmo que isso aconteça, a saúde mental e física desse suposto pastor estará em constante perigo.
Uma Igreja saudável é composta de discípulos de Cristo que estão vinculados uns aos outros. Essa Igreja ideal não permite que ovelhas estejam andando sem rumo, desvinculadas do resto do grupo. Vale lembrar que a Igreja não tem o poder de forçar ninguém a nada e, portanto, é preciso que os membros também desejem se vincular.
Então, antes de rapidamente afirmar que você está vinculado ao pastor da congregação, reflita a respeito dessa vinculação. Foi o Senhor quem estabeleceu esse vínculo ou ele existe porque é conveniente para você? O seu vínculo fala contigo todas as semanas e lhe aponta as duras verdades quando necessário? Se a resposta for “não”, não culpe o pastor da congregação, pois você também pode acessar o Pai em oração e pedir direcionamento nesta área.
Agora lhe faço esta pergunta: você está realmente vinculado(a) a alguém? Caso não esteja, o que está esperando? Ore ao Senhor e peça para que Ele provoque uma aproximação natural entre você e um irmão na fé a fim de estabelecer uma vinculação saudável, duradoura e frutífera para a glória de Deus.
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Sobre o Autor
Com mais de 1 milhão de e-books baixados no Brasil e no mundo, Danilo H. Gomes, autor best-seller conhecido por sua forma de escrever simples, profunda e cativante, vem rompendo barreiras no mundo literário, alcançando desde os leigos até os especialistas. Seu amor pelo desenvolvimento humano, em conjunto com seu conhecimento filosófico reflexivo e sua paixão pela psicologia, geraram mais de 70 publicações relacionadas aos mais variados temas. Danilo H. Gomes é marido de Débora e pai de Sarah.
