“Qual é a relação entre uma lei da economia clássica e a Igreja?“, você pensa. Há muitas coisas em comum. Longe de comparar pessoas a objetos, podemos identificar semelhanças interessantes entre a Lei da Oferta e Procura e as congregações cristãs sem tropeçarmos no materialismo.
Lei da Oferta e Procura
Como podemos aplicar isso dentro da Igreja? A ideia é bem simples. Podemos considerar como oferta o suporte que uma igreja local está oferecendo à sua comunidade. Se, dentro da congregação, há um número significativo de cristãos dispostos a servir as pessoas com empenho, temos um alto nível de oferta.
Podemos considerar como procura, ainda nesse contexto, o número de pessoas que ainda não servem como deveriam, mas depositam expectativas na Igreja e esperam que suas necessidades sejam sanadas pelos irmãos. Se a igreja local está repleta ou cercada de pessoas necessitadas em todos os âmbitos que, ao invés de servir, esperam ser servidas, temos um alto nível de procura.
Igreja “Bombando”
Não é raro ouvirmos falar sobre congregações que crescem absurdamente e logo se esvaziam. Há inúmeras cidades brasileiras que têm, pelo menos, uma “igreja bombando”. Mas, infelizmente, é comum ouvirmos falar também sobre congregações que “fracassaram” na mesma velocidade que “tiveram sucesso”. Podemos enxergar esse fenômeno sob as lentes da Lei da Oferta e Procura.
Quando a congregação oferta mais do que a procura, isto é, quando há vários servos motivados cheios do amor de Cristo e há poucos indivíduos inativos e acomodados, a Igreja satisfaz a comunidade. Ao satisfazer a comunidade, a congregação ganha popularidade e a procura começa a crescer.
Igreja “Fracassando”
Se a procura cresce, mas a oferta não, a procura se torna maior do que a oferta, isto é, o número de pessoas exigentes e, ao mesmo tempo, acomodadas e vitimistas, torna-se maior do que o número de irmãos disponíveis e motivados para o trabalho. A partir daí, se iniciam as reclamações, críticas e fofocas das pessoas ociosas (pois quem trabalha não tem tempo para essas coisas).
É exatamente nesse contexto que frases como “o pastor nunca visita a minha casa” ou “esta igreja não está preparada para acolher as pessoas” surgem. Os mesmos que apontam falhas não se movem em prol da solução. Alguns ofertam, contudo, muitos procuram.
Lei da Oferta e Procura: Conclusão
Perceba, portanto, que não precisamos ter pressa pelo aumento quantitativo dos membros da congregação, visto que, quantidade sem qualidade é pura vaidade. Antes de ansiarmos pelo crescimento da popularidade da Igreja, precisamos nos atentar àqueles que ainda não ofertam seus serviços ao Reino de Deus.
Por que não trabalham? Faltam estímulos? Faltam exemplos? Quais são suas questões ainda não resolvidas? Estão bem vinculados? É aquela velha história: precisamos cuidar bem dos de dentro para recebermos os de fora.
E você, quem é? A oferta ou a procura?