Bem antes de conhecer minha esposa, lembro-me de, em várias orações, fazer um estranho pedido a Deus. “Senhor, eu quero uma namorada. Mas ela não precisa ser muito bonita não… senão terei que brigar com qualquer homem que a paquere”, este era o meu pedido.
Hoje percebo o quanto este pedido era infantil. Como eu, sendo um seguidor de Jesus, poderia estar disposto e brigar com algum homem por uma simples paquera? Quando um casal vive em santidade debaixo das bençãos de Deus não há paquera no mundo que destrua isto.
Levando o assunto para um nível geral, podemos afirmar que muitos estão acostumados a responder o mal com o mal. Qualquer provocação vira motivo para xingamentos e socos (infelizmente mesmo entre os cristãos).
E como a Palavra nos instrui nestes casos? Concordo que ter o nível de humildade de Cristo a ponto de doar a outra face é privilégio de pouquíssimos, pois eu mesmo ainda estou bem distante deste estado de espírito. Porém, o que nos custa aprender a ignorar?
Um dia, durante meu momento de leitura bíblia, encontrei o seguinte versículo.
“Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade.” – Provérbios 16:32
É engraçado como o pensamento expressado neste versículo acima pode bagunçar os pensamentos, principalmente de nós, homens.
Somos educados a ser valentes e, automaticamente, fazemos uma ligação entre valentia e orgulho, o que nos leva a “jamais levar desaforo para casa”. Abaixar a cabeça torna-se uma proibição digna de morte.
Vou lhe dizer o que realmente é ser valente. Ser valente é encarar uma missão por 33 anos que resultará numa morte violenta e humilhante por amor ao seu povo. Trocar socos por falarem mal do seu time de futebol não é valentia, é falta de autodomínio.
Caso não consiga ainda doar a outra face, saiba pelo menos ser paciente e ignorar as provocações das pessoas, ou até mesmo, do diabo. A paciência vale mais do que a valentia.