Como Padrões Mentais Replicáveis Podem Transformar Resultados?

Você provavelmente já tentou mudar algo na sua vida – seja um hábito, um resultado no trabalho, um relacionamento – e se sentiu como quem caminha em círculos, voltando sempre para o mesmo ponto, acertei? É frustrante, eu sei. É como se existisse uma força invisível puxando você de volta. E, na verdade, essa força existe. Mas ela não está “lá fora”, no mundo. Ela está dentro de você. A PNL nos explica isso. Fique por aqui e entenda mais.

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Nosso cérebro, essa máquina incrível, ama a eficiência. E a maneira mais eficiente que ele encontrou para lidar com o tsunami de informações e situações do dia a dia foi criar “atalhos”, “programas” ou, como a PNL (Programação Neurolinguística) chama, “padrões mentais replicáveis“. Pense neles como trilhas na mata. Quanto mais você passa por uma trilha, mais ela fica marcada, mais fácil e automático se torna percorrê-la. O mesmo acontece com nossos pensamentos.

Esses padrões são sequências automáticas de como pensamos sobre nós mesmos, sobre os outros, sobre os desafios. Por exemplo, se algo dá errado, qual é seu primeiro pensamento? “Ah, eu sabia que não ia conseguir“? Ou “O que posso aprender com isso?“? Essa primeira resposta não é aleatória. Ela vem de um padrão mental.

A grande sacada aqui é que esses padrões, bons ou ruins, são replicáveis. Se você tem um padrão mental de pessimismo diante de desafios, você replicará esse pessimismo a cada novo desafio. E o resultado, adivinha? Quase sempre será algo que valida o pensamento inicial. É um ciclo vicioso: o pensamento cria o sentimento, o sentimento gera a ação (ou a falta dela), e a ação (ou a inação) reforça o pensamento original.

Possível Substituição

A notícia libertadora é que, se esses padrões são aprendidos (sim, aprendemos a pensar assim ao longo da vida, com nossas experiências e influências), eles também podem ser desaprendidos e, mais importante, substituídos por padrões novos. Bacana, não é?

A dor que muitos sentem – a de se sentir incapaz, a de repetir erros, a de não alcançar o que desejam – frequentemente nasce da ignorância sobre o poder desses padrões mentais e da passividade diante deles. É a mesma chave enferrujada para abrir todas as portas, esperando que uma hora ela funcione, quando na verdade você precisa trocar a fechadura ou, melhor ainda, usar uma chave nova.

Então, qual é a atitude prática que você pode começar a aplicar HOJE para sair desse loop? É simples na teoria, mas exige treino e dedicação na prática: torne-se um observador dos seus próprios pensamentos.

Pare por um instante agora mesmo. Qual pensamento está passando pela sua cabeça? Talvez sobre este texto, sobre algo que você tem que fazer, sobre alguém. Note-o, sem julgamentos. Esse é o primeiro passo. A maioria de nós passa o dia todo no “piloto automático mental”, nem percebendo a enxurrada de pensamentos que ditam nosso humor e nossas ações.

Ao observar, você começa a identificar as “trilhas” mais usadas. Você vai notar que, em certas situações (ao receber uma crítica, ao enfrentar uma tarefa difícil, ao interagir com uma pessoa específica), um mesmo padrão de pensamento surge. “Ah, lá vem de novo a voz que diz que não sou bom o suficiente.” Ou “Pronto, já estou pensando que isso vai dar errado antes mesmo de tentar.”

A Libertação

Essa “voz”, ou esses pensamentos negativos automáticos, são os replicadores de resultados indesejados. Muitos de nós somos reféns dessas vozes internas sem perceber. E para se libertar delas, o primeiro passo é ouvi-las com atenção, mas sem se deixar levar por elas. É como escutar um rádio com uma estação chata: você ouve, identifica a música, mas não precisa dançar conforme a melodia.

Uma vez que você identifica um padrão mental negativo (“Eu sempre estrago tudo”, por exemplo), o próximo passo é questioná-lo. Com gentileza, mas com firmeza: “Isso é realmente verdade? Há alguma vez em que eu não estraguei tudo? Quais evidências existem contra esse pensamento?“. A intenção não é se enganar, mas sim enfraquecer a “trilha” antiga, mostrando para seu cérebro que existem outros caminhos, outras possibilidades de pensamento.

E aí vem a parte de replicar o novo padrão. Depois de questionar o pensamento negativo, escolha conscientemente um pensamento mais útil, mais alinhado com o resultado que você deseja. Se o padrão era “Eu não consigo”, o novo pode ser “Eu posso aprender a fazer isso” ou “Qual o próximo pequeno passo que posso dar?”. No início, pode parecer forçado, mas lembre-se: você está construindo uma nova trilha. Quanto mais você a percorre, mais ela se solidifica.

Por Fim

Quando você escolhe ativamente pensamentos que o empoderam em vez de o sabotarem, você está replicando um padrão mental que leva a melhores resultados. É como se a cada pensamento consciente e escolhido, você desse um passo na nova trilha, enquanto a trilha antiga começa a ser coberta pela vegetação.

Essa jornada de auto-observação e mudança de padrões mentais é profunda e transformadora. Ela mexe com as bases de quem pensamos que somos. Se você sente que essas “vozes” internas negativas têm um poder grande demais na sua vida, talvez o livro “Vença Seus Pensamentos ou Eles Vencerão Você” possa ser um excelente companheiro nessa caminhada, oferecendo ainda mais clareza sobre como identificar e lidar com esses diálogos internos que tanto nos influenciam.

Entenda: seus resultados não são fruto do acaso. Eles são, em grande parte, a manifestação externa dos seus padrões mentais internos, replicados continuamente. Observe seus pensamentos, questione os que não edificam e, deliberadamente, escolha e replique aqueles que constroem os caminhos que você realmente deseja. A fechadura pode ser difícil, mas a chave está ao seu alcance.

Danilo H. Gomes

Escritor

Com mais de 1 milhão de e-books baixados no Brasil e no mundo, Danilo H. Gomes, autor best-seller conhecido por sua forma de escrever simples, profunda e cativante, vem rompendo barreiras no mundo literário, alcançando desde os leigos até os especialistas. Seu amor pelo desenvolvimento humano, em conjunto com seu conhecimento filosófico reflexivo e sua paixão pela psicologia, geraram mais de 70 publicações relacionadas aos mais variados temas. Danilo H. Gomes é marido de Débora e pai de Sarah.

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