Você sabia que existem “botões” em seu subconsciente que, ao serem “apertados”, podem ativar uma reação exagerada (em certas vezes até descontrolada)? Estes “botões” são conhecidos como gatilhos mentais pela ciência e todos nós os possuímos. Quais são os seus?
Já ouviu aquela velha expressão, “não toque neste assunto, pois o fulano sai do sério”? Certas palavras ou situações são capazes de desencadear informações guardadas pela memória e às vezes estas informações não são bem recepcionadas pelo consciente.
Tomemos como exemplo um indivíduo que perdeu um membro do corpo em um acidente de trânsito. É possível que ele se ire todas as vezes que alguém fale sobre carros batidos. Ao ouvir a frase “acidente de trânsito”, imediatamente as más memórias daquele episódio vem à tona. Como consequência, o sujeito reage com agressividade devido aos seus mecanismos de defesa mentais.
Agora voltemos os olhos para nós mesmos. Reflita. Quais são os assuntos ou situações que despertam em você uma fúria incomum? Para obter esta resposta, pode ser que seja preciso revisitar o seu passado e reconhecer os eventos traumáticos que viveu.
Por que fazer isso? Não é melhor continuar como está e deixar esse negócio de gatilho e passado para lá? Definitivamente não. Os gatilhos que despertam agressividade podem acabar com o seu casamento, com seus relacionamentos familiares, com a paz em seu ambiente de trabalho, etc.
Em suma, os gatilhos são estímulos que, de alguma maneira, ativam memórias e reações pré-programadas. Os gatilhos geralmente são facilmente identificáveis, por este motivo o exercício de reflexão para reconhecer gatilhos é válido. Após reconhecê-los, o autocontrole diante do acionamento de algum gatilho negativo torna-se mais provável, pois seremos capazes de perceber claramente quaisquer exageros na reação advinda do gatilho acionado.
O que tira você “do sério”? Falar da sua aparência? Falar dos seus bens? Críticas? Perguntas íntimas? Sinais de desprezo? Egoísmo? Gula? Qualquer estímulo pode ser um gatilho para alguém. Descubra os seus gatilhos e se pergunte: “por que devo ficar tão bravo(a) diante deste estímulo?”. A ira não é saudável.
Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se. – Tiago 1:19
Quanto menos darmos espaço para comportamentos agressivos e seus gatilhos, melhores serão os nossos relacionamentos interpessoais.