A humanidade carregou consigo um desejo jamais suprido por milhares de anos. Estamos falando sobre o desejo de retornar no tempo. Alguns físicos afirmam que esta proeza é possível de acordo com as leis matemáticas. Os filósofos e amantes da mente humana também afirmam que é possível, e sem utilizar qualquer tecnologia.
Clique para ver depois:
Nós, homo sapiens, possuímos uma dádiva que as outras espécies que residem na Terra não possuem: a arte de viajar pelo tempo mentalmente, utilizando apenas as memórias ou a imaginação. O mais interessante de tudo é que somos capazes de reviver novamente emoções sentidas em momentos passados, ou simular possíveis emoções de eventos que ainda não aconteceram.
Esta habilidade mental e exclusiva pode ser extremamente benéfica (relembrar abraços calorosos, sábios conselhos, momentos alegres) ou extremamente maléfica (relembrar brigas, palavras desmotivadoras, momentos tristes). Como você tem utilizado o seu dom de viajar no tempo?
As pessoas mais tristes que já conheci viviam retornando ao passado em suas máquinas mentais do tempo enquanto o presente passava despercebido. Os acontecimentos passados ofuscavam as alegrias dos acontecimentos presentes.
Imagine uma mãe chorando de tristeza por acabar de ganhar o filho ao invés de se alegrar, pois lembrou-se que perdera seu pai em um dia como aquele. Pessoas que adquiriram o vício de entrar em suas cabines de viagem no tempo podem chegar a este extremo.
Em suma, a dica deste subcapítulo é: evite ficar retornando aos tempos que não voltam mais. Mas evite em breve, pois antes de colocar esta dica em prática, devemos retornar na linha do tempo de nossas vidas para resolvermos algumas pendências.
Enfrentar monstros do passado dói? Sim, e muito! Mas enquanto estes monstros permanecem vivos, muita sujeira é espalhada pelos quatro cantos da alma, e não importa o quanto você lute para limpar seus pensamentos do negativismo, caso você não aniquile o rancor oriundo dos eventos passados, nada mudará.
Permitir que os eventos imutáveis e estáticos do tempo passado influenciem as nossas atitudes e pensamentos no tempo presente, é como sofrer com dor de cabeça tendo um analgésico eficaz perfeito para este tipo de dor disponível e não usá-lo. A solução é possível, basta usar o remédio. Qual é o remédio para enfrentar o passado? Coragem.
O objetivo deste livro é auxiliar o leitor a encontrar a paz mental e gerar melhores resultados em todas as esferas da vida. Se alguém lhe prometer ajudar a ter paz na mente e não falar sobre monstros do passado, então, me perdoe pela sinceridade, você está sendo enganado.
Está na hora de entrar na cabine de viagem no tempo e reviver as situações desagradáveis do tempo passado. Imagine que ao entrar nesta cabine imaginária uma voz robótica lhe faz a seguinte pergunta.
“Você realmente está convicto de que deseja viajar para estas situações novamente, senhor(a)?”
Repare que a máquina não lhe indaga sobre você estar pronto ou não. A questão é: você está convicto do que quer? Tem vontade de calar os sons amedrontadores dos abismos misteriosos do passado? Se sua resposta seja não, pare de ler este livro agora e só retorne quando tiver certeza do que quer. Caso sua resposta seja sim, então vamos prosseguir.
Provavelmente boa parte das informações de muitos dos eventos traumatizantes pelo qual você passou, caro leitor, se perderam e foram excluídas da sua memória. Isso acontece devido ao decorrer do tempo e a necessidade de novas memorizações.
Por isso é de suma importância que a situação vivida seja relembrada com o máximo de concentração possível. Os detalhes, cheiros, rostos, ações, tudo é extremamente importante na hora de enfrentar estas situações marcantes. Tenha forças, vale a pena!
Ao terminar de ler estas instruções, pratique o que está sendo proposto aqui. Feche os olhos, respire fundo e calmamente. Deixe sua mente vagar tranquilamente pelas mais longínquas memórias e, sem tardar muito, imagine as situações que tanto lhe marcaram.
Você não irá parar por aí. O ato de somente reviver as situações nada mais é do que automutilação. Sua árdua tarefa será analisar bem a situação e diminuir seus efeitos da máxima forma possível. Será necessário também usar sua imaginação para tomar alguma atitude diante do evento.
Se você teve um pai que te agrediu severamente na infância, então você se colocará mentalmente diante dele na situação que tanto te feriu e, de coração sincero, olhará em seus olhos e dirá, “pai, eu te perdoo”. Se os eventos traumáticos com uma mesma pessoa foram muitos, então é necessário que você viaje para o máximo de situações possíveis e libere perdão.
Caso o evento tenha ligação com medo e não com rancor, simplifique o acontecimento. Por mais que a situação tenha sido perigosa e traumática, ela não tirou sua vida, correto? Além disso, é fato que nada acontece duas coisas exatamente da mesma forma. Já temos então dois motivo para não temer tanto a possibilidade do ressurgimento do problema.
O problema está relacionado a perda de alguém? Então chegou a hora de revisitar os bons momentos com esta pessoa, dizer a ela tudo o que ficou guardado no peito com total sinceridade e, finalmente, se despedir. Não fique pensando se tal pessoa irá ouvir suas palavras ou não. O importante é que você liberte-se de todo peso que ficou sobre suas costas.
Entendeu os exemplos? Espero que sim. Faça isso agora ou no mais próximo momento oportuno. Fazer esta viagem mental pelo espaço-tempo é uma atividade que todos, sem exceções, deveriam praticar. Muitas pessoas fecham os olhos para o que passou, mas estranhamente permanecem de mãos dadas com as estátuas do passado, enquanto o tempo presente clama por atenção.
Elimine toda sujeira que por anos atrapalharam e influenciaram o fluir dos seus pensamentos. Desfrute dos prazeres do tempo presente em permitir que marcas tirem o seu sono e seu sorriso. Esta vida tem hora para acabar. Deixará o presente cheio de oportunidades e alegrias passar despercebido diante de seus olhos ou vai viver o aqui e agora sem carregar pesos do passado? Faça sua escolha, pois ainda é tempo.
Trechos do Livro:
A Mente em Paz, de Tudo é Capaz: Que tal descansar na tempestade?
Gostou do artigo?
Receba conteúdos desse tipo semanalmente através dos canais: