Muitas pessoas estão voluntariamente presas a uma definição do tipo “eu sou assim mesmo, não tem jeito“, ou “depois do que aconteceu, eu nunca mais fui a mesma pessoa“. É como se, em algum momento da vida, alguém (talvez você mesmo, talvez a vida, talvez o que disseram sobre você) tivesse tirado uma foto e carimbado: “essa é a sua versão final e isso não pode ser mudado“. Esse artigo lhe mostrará a verdade que não contaram acerca disso.

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O ser humano tende a se ver como uma estátua. Algo sólido, imutável, definido. Nossa personalidade, nossos defeitos, nossas qualidades, nossas falhas passadas… tudo vira parte de um bloco de mármore chamado “EU”, que parece impossível de esculpir de novo. Se você tropeçou e caiu, a estátua ganha uma rachadura e você pensa: “sou um estátua rachada agora, e sempre serei“. Se disseram que você não era bom o suficiente, a estátua fica com essa inscrição gravada.
A Verdade Revelada
A verdade é que a ideia de que o “eu” é uma entidade permanente e imutável é apenas uma das formas de ver a si mesmo. Algumas linhas de pensamento olham para o “eu” como algo muito mais fluido. Pense em um rio, não em uma estátua. Um rio está sempre em movimento, sempre mudando, recebendo novas águas, contornando obstáculos, transformando a paisagem à sua volta e sendo transformado por ela. O “eu” seria mais como esse rio: uma construção em constante fluxo, moldada pelas experiências, pelos pensamentos, pelas interações, mas nunca fixa.
Não existe uma essência rígida e imutável esperando para ser descoberta debaixo de camadas. O que existe é um processo contínuo de “tornar-se”. Cada dia, cada interação, cada reflexão adiciona uma nova pincelada, uma nova correnteza ao rio que você é.
Então, qual a importância prática disso? Muita! Se você se vê como uma estátua, cada falha, cada crítica, cada evento negativo se torna uma marca permanente na sua pedra. A dor se cristaliza. O erro te define. A crítica te limita. Você fica preso ao que foi, ao que fez, ao que disseram.
Mas se você se vê como um rio, um ser em fluxo e construção, a perspectiva muda radicalmente. Um erro no passado não é uma rachadura eterna na estátua; é apenas uma curva no rio. Uma crítica não é uma inscrição na pedra; é como uma folha que cai na água e é levada pela correnteza (a menos que você decida pegá-la e guardá-la na margem). Um trauma não precisa ser a definição da sua paisagem; pode ser o cânion que você precisou atravessar e que, ao superar, mostrou a sua força.
Reinterprete Sua Própria História
Nossa mente é uma máquina incrível de criar narrativas. Diante de um fato, ela constrói uma história para dar sentido. Se você falhou em um projeto, a narrativa da “estátua” pode ser: “sou incapaz, sempre vou falhar nisso“. A narrativa do “rio” pode ser: “eu tentei, aprendi lições valiosas e agora estou mais preparado para a próxima tentativa“.
O poder está em reconhecer que a narrativa não é o fato em si, mas a interpretação que você dá a ele. E a interpretação pode ser mudada. Você pode escolher ver o passado não como um álbum de fotos imutáveis do “quem eu era”, mas como os capítulos de um livro em andamento, onde você tem a liberdade de recontextualizar.
Um exemplo simples: alguém te magoou muito no passado. A narrativa da estátua diz: “eu sou uma vítima, e essa pessoa me causou uma dor incurável que me define“. A narrativa do rio pode ser: “eu passei por uma situação dolorosa, que me ensinou sobre perdão (a si mesmo e ao outro), sobre resiliência, e sobre a importância de estabelecer limites saudáveis. Aquilo não me definiu, mas me transformou“.
Essa reinterpretação consciente da sua própria história e dos fatos que a compõem é um ato de liberdade. É reconhecer que o “eu” de hoje não é o mesmo “eu” de ontem, e o “eu” de amanhã será diferente do de hoje. Você não está condenado a ser quem as experiências passadas ou as opiniões alheias tentaram te impor. Você está em constante construção, e tem voz ativa nesse processo.
Esse poder de moldar a sua realidade através da sua percepção é algo que exploro bastante em meus escritos. No livro Tudo Depende de Como Você Vê, por exemplo, a ideia central é justamente essa: que a forma como interpretamos o mundo e a nós mesmos determina nossa experiência de vida. O foco não é o que acontece, mas sobre como você vê o que acontece, e isso inclui como você vê a si mesmo diante dos fatos. Mudar a lente pela qual você se olha – de uma estátua fixa para um rio em constante fluxo – é o necessário para liberar um potencial que talvez estivesse represado pela crença de que você é imutável.
Portanto, a atitude prática é: comece a questionar as narrativas fixas que você construiu sobre si mesmo. Quando um pensamento do tipo “eu sou assim e pronto” ou “depois disso, nunca mais…” surgir, pare e pergunte: “essa é a única forma de ver isso? Que outra interpretação é possível? Como essa experiência me transformou em vez de apenas me marcar?“. Permita-se reescrever partes do seu livro, não para negar o passado, mas para dar um novo significado a ele e, assim, moldar um “eu” mais livre.
Reitero: você é um rio, em movimento contínuo, com a capacidade de desviar de obstáculos, encontrar novos cursos e, acima de tudo, escolher a direção da correnteza através da forma como você interpreta a si mesmo e sua história. A dor das marcas pode dar lugar à força de quem aprendeu a navegar pelas águas turbulentas. O poder de (re)inventar quem você é está, em grande parte, na sua capacidade de mudar a forma como você vê a si mesmo. Comece hoje a quebrar a estátua, entender o rio que você é e reescrever a sua história.
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Danilo H. Gomes
EscritorCom mais de 1 milhão de e-books baixados no Brasil e no mundo, Danilo H. Gomes, autor best-seller conhecido por sua forma de escrever simples, profunda e cativante, vem rompendo barreiras no mundo literário, alcançando desde os leigos até os especialistas. Seu amor pelo desenvolvimento humano, em conjunto com seu conhecimento filosófico reflexivo e sua paixão pela psicologia, geraram mais de 70 publicações relacionadas aos mais variados temas. Danilo H. Gomes é marido de Débora e pai de Sarah.