Na era atual percebemos o quanto as pessoas lutam por um espaço debaixo do sol. Fazem o possível e o impossível para ganhar mísera e passageira notoriedade. Poucos estão dispostos a passar por um processo de desidentificação.
Estou falando de uma verdadeira guerra de egos. O eu mais notado vence. Se pararmos para uma breve reflexão, iremos notar o tamanho da estupidez humana neste assunto.
Mesmo dentro da Igreja, entre os cristãos, há esta briga oculta… infelizmente. Aquela velha e rotineira competição sobre quem é mais santo e usado por Deus.
As pessoas brigam por uma identidade. Esta é a palavra chave aqui: identidade. Muito se fala em seguir a Cristo, tomar a cruz, morrer pelo evangelho. Mas quantos falam sobre perder a própria identidade por amor ao Rei dos reis?
Talvez esta seja a luta mais árdua que um cristão enfrentará em vida. Crescemos programados para “vencer” na vida e deixarmos nossa marca no mundo, construindo assim, uma identidade.
Aqui entra a notícia desagradável. Quer seguir Jesus com todas as suas forças? Então comece já um processo de desidentificação. Desidentificar significa perda de identidade.
Não entenda mal. Você não precisa agora mesmo abrir sua carteira e rasgar seu RG ou quebrar seu CPF. Você continua vivo, convivendo bem em sociedade, ok?
Porém sua luta deve ser se preocupar cada vez menos com aquilo que vão falar sobre você e passar a se preocupar mais com o que vão pensar sobre Jesus ao olharem para sua vida.
Desidentificar eu, identificar Cristo. Ao te observarem quem devem ver? Você ou Jesus? Quem é mais digno de ser notado, aplaudido ou elogiado? Pense na resposta.
Como citado anteriormente: você não precisa deixar de viver. Continue fazendo sua academia, comprando belas roupas e passando seu perfume, afinal, a vida continua.
Mas saiba equilibrar tudo. Que tudo em você de alguma forma glorifique a Deus. Seus gestos, suas palavras, suas ideias e até mesmo sua aparência.
Que sua identidade seja tão transparente a ponto de mostrar Aquele que age através de você. Se todos agissem assim, teríamos várias pessoas expressando quem é Jesus neste mundo. Eu duvido, e muito, que desta maneira o mundo não se tornaria um lugar bem melhor.